Cinza claro, cinza escuro,
Esborratado no meu muro,
No muro do meu Castelo
Onde até o cinzento é tão belo.
Nuvem, névoa, nevoeiro.
Empurra-te o vento ligeiro
Deixa lá, o meu Sol descobrir
Levanta a bruma, deixa-o sair!
No doce embalo, na melancolia,
Nasce em algodão frio, este dia.
Cinza escuro, cinza claro,
Cinzento dos olhos em quem reparo.
Cinza da alvorada incerta,
Cinza na porta entreaberta,
Cinzas num sofá de cetim,
Cinzas gastas, apagadas no jardim.
Levanto o meu nevoeiro constante,
Sou a cinza, sou a lágrima errante.
Sou cinza escuro, sou cinza claro,
A bruma, a perdição e o amparo...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário