sábado, 26 de abril de 2008

Morreram as palavras

Deixaram a beleza, o valor
Continuo a usá-las porque me habituei
Porque para meu terror
Estou demasiado ligada, já me viciei!

Pelas palavras sou acusada
Criminosa, Ré, Culpada,
Sem escapatória nesta rotina
Condenada á guilhotina!

E neste prazer de ripostar
Esqueço todas as palavras bonitas
A sua beleza, o som de encantar,
Só me deixou as interditas.

E como incêndio que se apaga
A pouco e pouco acabaram
Deixando apenas cinza que se esmaga.
Morreram as palavras. Finaram!

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