sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Menino, quero qualquer coisa...

Apetece-me, qualquer coisa...
Tanto faz porque sei que preferem a mentira...
Apetece-me rebentar todas as máscaras,
Rasgar todos os cenários,
Denunciar todas as mentiras,
Por o dedo na ferida, de preferência com Sal!
Apetece-me, qualquer coisa...
Porque cada vez menos tenho vontade!
Sei que não há pior cego que o que não quer ver,
Sei que a dor da perda é maior que o afago da negação,
Sei que luto sozinha, como sempre...
Mas desta vez quero sangue!
Apetece-me, qualquer coisa...
Porque perdi a compustura a larguei eu mesma a minha máscara,
Porque deixei de fazer o frete e falei,
Porque não quero mais ser a pobre coitada,
Porque estou farta de gente mimada e mal educada!
Gente que monta tanto na vida...
Gente que não tem tento na lingua...
Gente que vê apenas vil metal e o seu umbigo...
Gente que não se enxerga!
Apetece-me, qualquer coisa...
Como derramar palavras doridas,
Estas que escondem as minhas feridas,
As que encontro mais à mão para me consolar
Para me ajudar neste meu purgar...
Aprendi a correr atras quando não quero,
E vou provar a solidão e o desespero,
Mas não serei a unica a titubear
E espero destruir o carnaval que armaram!!!
Apetece-me, quebrar o mundo, ou qualquer coisa...
Porque deixei de acreditar que alguém nos protege
Quando o protegido é sempre o mesmo coitadinho...
Se sou amarga? Talvez...
Se calhar porque me fartei de vez...
E já só me apetece, qualquer coisa!

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