terça-feira, 26 de maio de 2009

Terrorismo Laboral

Vá lá saber-se se fazemos parte do jogo ou se somos meras peças em jogadas.
Infelizmente, estamos a viver um tempo em que ninguém pode dizer que está 100% bem ou 100% mal.
Usando o chavão "Viver é um risco que quem não se atreve a coorer, morre estúpido", acho que ainda pertenço à categoria dos que vai morrer estúpido.(Até porque apesar de não ter medo de morrer, acho-o estúpido!)
E tal como eu, conheço muitos mais ditos estúpidos, que, apelando à fábula de La Fontaine, se deixam seduzir, apesar de tudo, pela maviosa raposa...uns por vaidade, uns por ambição, uns por apostar numa carreira, uns por quererem simplesmente uma vida mais desafogada, uns por acreditarem em projectos, uns por aí fora...
Aqueles que ainda acreditam, são os que mais se desiludem com a miséria em que se transformaram valores como: ética, honra, verdade...
Tenho visto aqui do meu cantinho, uma nova forma de agir entre as ditas "classes do patronato", quase me sinto uma bloquista (lamentávelmente não detenho nenhuma grande fortuna pessoal para brincar aos "coitadinhos dos pobrezinhos" como eles...).
Existe um novo modus operandis, relativamente aos empregados nas empresas. Para além de uma total falta de consideração, existe a falta de escrúpulos, a falta de vergonha na cara, a falta de "tê-los" no sítio e fazer as empresas gerarem lucros sem se recorrer a estratagemas ou a pedidos de fundos governamentais e tal, para depois fechar-se tudo porque afinal, não era bem assim...
Cada vez mais sou apologista do Belmiro de Azevedo, trabalhem e deixem trabalhar, e sobretudo, deixem-se de jogadas e floreados!
Infelizmente, vivemos um tempo em que todos estão a sacar o nosso país o mais que podem, enquanto podem. Definitivamente, a supressão da classe média é um facto, o que existe agora é uma "classe mérdia" subjogada a uma "mérdia" de oportunistas, que se julgam gestores de empresas.
Para estes, uma informação: não há empresas sem empregados!
Oportunista, é aquele que sem o menor pejo, contrata equipas inteiras e depois as qualifica de "agressivas" demais, apenas porque superando as expectativas, mostram resultados demais, e acabam por abalar uma inércia convenientemente instalada.
Ficam entretanto as mais valias trazidas pelos novos empregados, sendo que estes ultimos podem ser dispensados ao abrigo de "contratos sem termo", sem assinaturas, sem indemnizações, e tomem lá uma palmadinha nas costas que eu até sou um patrão porreiro...
Isto está o perfeito cabaret da coxa...volta Bin Laden, vem aprender o módulo deste ano que é: Terrorismo Laboral.

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