Estou cinzenta
Como a nuvem que passa
Chuvosa, copiosa, macilenta
Espero o fim da tormenta
O fim desta vil carcaça...
Cinzenta, nem branca nem preta
Meias tintas, eterno "nim"
Enquanto não tenho meta
Enquanto não chegar o fim...
Cinzenta, cinza de vulcão
Cinza de baço negrume
Porque nunca mais atinjo o cume
Nem me queimo com o seu tição...
Cinza de mar assim revolto
De ondas altas e iradas
Das profundezas levantadas
De um mar negro...de um mar morto...
Cinza esperando pelo vento
Que levemente as espalha no ar
Que chove da cor de cinzento
Que no meu peito faço calar...
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