quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Arquitecto do Tempo

Sou o arquitecto do tempo,
Das coisas que eu invento. S
em espaço, sem nexo,
Aguardando apenas pelo amplexo
Que tarda tanto em chegar.
Traço firme e obstinado,
Deste meu acto oculto, guardado,
Como um segredo perfeito
Que quer explodir no meu peito.
A todo e qualquer momento
Deste tempo que invento,
Sou o arquitecto sem obra
Apenas com tempo a mais, de sobra
Que uso para me inventar...
Uso para não me doer tanto se pensar!
Treme a mão neste meu traço,
Enquanto espero pelo abraço,
Enquanto espero pelo tempo,
Das coisas que eu invento...

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