Entrei nos “...entas”... já é oficial!
Não me sinto muito diferente de anteontem, ou de há uma semana, ainda com 39...
No entanto parece que ganhei um novo estatuto.
Como quando era miuda e ansiava por fazer 18 anos para atingir a maioridade.
Parece que este estatuto dos “Entas”, nos permite dizer o que queiramos sem ter de alegar desculpas, porque o nosso BI justifica “know-how”....
Em 24 horas de permanência, tudo me parece igual ... e no entanto, diferente...
A classe dominante é a dos “Entas”, ou não fosse Portugal sofrer de População envelhecida, passei à maioria quase absoluta (politicamente é bom...ao menos isso; já agora que tenha alguma utilidade prática!)
Não me sinto diferente em nada, apenas cansada, mas isso eu já sentia antes. Se estava a envelhecer precocemente, ao menos agora posso atestar pelo BI
Dizer barbaridades, atrocidades e afins, e alegar alzheimer; estremecer as fotos e alegar parkinson; tudo ganhou um novo sentido...logo agora que antes preferia estar sentada...
Estou a tentar distanciar-me, numa intropecção profunda em que consiga vislumbrar alguma coisa de interessante para dizer...já me “atiraram” a Ternura dos 40....logo eu que não sou fã do Paco Bandeira por motivos vários...
Vejo apenas que continuo sem certezas absolutas; com um sentimento de que por mais que me esforce não tenho obra; continuo a não encarar bem certos adjectivos tão em voga hoje em dia e que eu traduzo noutras coisas, como por exemplo: Ambição – falta de escruplos em pisar o parceiro para subir na carreira, mentir se preciso for e lixar o parceiro...ele que se dane! (há quem chame a isto “personalidade vincada”).
Nos “Entas” parece que continuo a acreditar no Pai Natal, mas deve ser deformação congénita, é que tenho muitissimos motivos para acreditar que o que existe é muita imaginação e pouca paciência.
Parece que nem quando chegar aos 100 anos, sim porque só nessa altura sairei dos “Entas”, me vou cansar de me manter ao longe e ver a personalidade do ser humano...mesmo aqueles invertebrados que se moldam a qualquer forma...
Como diz a música, “eu não sou uma pessoa perfeita”, nem pretendo ser...mas se voltasse atrás por entre estes últimos anos, talvez tivesse feito outras coisas de outras maneiras, nomeadamente no que toca ao relacionamento com lgumas das outras pessoas que cruzaram a minha vida...
Quem sabe o meu ponto morto esteja mesmo por aí, dar demasiada importância às pessoas...
Decidi que já que nãoposso mesmo fazer mais nada, a minha rebelião passa por ser para os outros da mesma forma que os outros são comigo: falsos! Aos 40 já consigo fingir um bocadinho.
Graças aos céus que existem as honrosas excepões que me "carregam as baterias", e me fazem continuar o teatrinho até ver o circo pegar fogo - seja que trupe for!
Hoje, com 40, tenho os mesmos "fantasmas" dos 39, com a agravante de já não ter tanta paciência e estar presa definitivamente para o resto da vida ... ao clube dos "Entas"!
terça-feira, 14 de julho de 2009
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